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Chega o dia da festa julina do condomínio. As crianças são expulsas do Bingo depois de Miguel gritar bingo sem razão nenhuma três vezes seguidas. Na pescaria, Ester acidentalmente lança o anzol na peruca do síndico e fica sem prêmio. Diego se oferece para participar com uma barraca de morango do amor que rouba toda a atenção da festa e enche seu bolso de dinheiro, mas só até a primeira pessoa notar que estava comendo chuchu. Gabriel fica extremamente frustrado quando na quadrilha gritam “Olha a cobra!!!” e não há cobra nenhuma. O noivo some na hora do casamento e o encontram com Diego aos beijos atrás da barraca da canjica. Gabriel joga um Labubu na fogueira achando que está fazendo um favor ao dono. Miguel enjoa de brincar com estalinhos e taca o terror correndo atrás das crianças com um rojão aceso. Ester manda um correio do amor para os irmãos, mas gera uma comoção generalizada ao revelar o caso da vizinha Dona Ester do 503, casada com o Sr Miguel, mas amante do Dr Gabriel do 709. Diego e os sobrinhos vão parar na cadeia da festa por estelionato, formação de quadrilha, falta de decoro e desacato à autoridade.


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Diego conversa com cada uma das crianças antes de colocá-las para dormir, e Gabriel faz uma confissão:

— Tio, eu tava pensando em morrer amanhã.
— Vira essa boca pra lá, garoto. Você não vai morrer tão cedo. É mais provável que eu vá antes de você.
— É porque você tem a cara velha de adulto e sua coluna tá podre?
— Por que você vai morrer amanhã, afinal, Gabriel?
— Pra faltar aula. Mas vou ressuscitar pro recreio.
— Mais rápido que Jesus.
— Jesus também matava aula?

Miguel faz uma pergunta:

— Tio, você me amaria se eu fosse uma minhoca?
— Sim.
— Mas e se eu fosse uma minhoca muito feia?
— Principalmente assim.
— E se eu também não tivesse dente?
— Nenhuma minhoca tem dente, Miguel.
[30 segundos de silêncio]
— Tio, você me amaria se eu fosse uma minhoca com dente?

Ester faz um elogio:

— Você fica tão lindo assim, tio.
— Obrigado, meu amor [sorriso lisonjeado]
— Assim rindo não fica não.



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As crianças imploram muito para irem ao cinema assistir “O Cãozinho Felisberto”, uma animação sobre um cachorro que quer aprender a voar. Ester é forçada a fingir desmaio para gerar comoção e eles conseguirem furar a fila da pipoca. O fiscal pergunta se Diego é pai das crianças, e Gabriel responde “Não, moço, ele é nosso gay”. Miguel derruba sem querer o baldão de pipoca no chão antes da sessão começar, mas põe tudo de volta sem ninguém ver, já que o chão tá bem limpinho. Assim que o filme começa, meia dúzia de crianças de seis anos de idade sentadas atrás de Diego reclamam que ele tem um cabeção. Diego arranca o celular da mão de uma mulher gravando stories na fileira da frente, desliga e devolve pra ela. Felisberto se escangalha todo tentando voar de lugares cada vez mais altos, e Gabriel comenta que não é assim que se voa. “Como que se voa, Gabriel?”. “Igual todos os espíritos, ué. Tem que morrer primeiro, tio, depois a alma fica levinha”. Diego fica profundamente impactado com o drama visceral de “O Cãozinho Felisberto”. As crianças gargalham com todas as piadas sobre pum de cachorro. Diego se torna uma das oito pessoas no mundo com mais de vinte e cinco anos a dar cinco estrelas e favoritar o filme no Letterboxd. Ester é esquecida na sala de cinema e acaba ficando para a sessão seguinte de “O Cãozinho Felisberto”.


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